terça-feira, 28 de junho de 2011

Como uma flor.

Existe algo que ao mesmo tempo em que cresce, diminui? Algo que você queira preservar e proteger com todas as forças, mas ao mesmo tempo, algo que você mesmo queira matar? Um sentimento, talvez?

Como uma flor, linda, mas carnívora. Que você rega, e coloca fertilizante para vê-la crescer, mas o medo dela te devorar faz com que junto com esse fertilizante, você coloque veneno, como se ao mesmo tempo, você quisesse duas coisas: Ter e não ter.

Uma flor que te deixa sem ar, que te surpreende a cada dia com um botão diferente. Que ilumina sua vida, apenas por estar ali, imóvel, com toda uma beleza que não sabe que possui. Uma

flor que te deixa sem sono, com o medo que te devore a noite, com medo de ela simplesmente esqueça que foi você quem a deu adubo, fertilizante e amor.

Então, nessa dúvida toda, você fica ali, sem saber se continua regando, para vê-la bem, se continua colocando veneno para matá-la aos poucos sem que nenhum dos dois sinta, ou se apenas arranca pela raiz, como quem nunca sentiu nada pela linda flor.

Talvez ela te devore, talvez nunca tente isso. Você nunca vai saber se não fizer uma escolha, pode ser uma escolha que te mate, ou até uma escolha que te faça muito feliz.


Eu não sei, você não sabe, e a flor também não.

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